Resumo dos Livros da Bíblia - Apocalipse (5)
A respeito da autoria, pelo menos a partir do século III há divergências a respeito da autoria do discípulo amado. O grego usado é diferente se compararmos o Evangelho, as cartas e o Apocalipse - há expressões mais cultas em um, menos cultas em outro... Além disso, o Evangelho "mistura" termos gregos e hebraicos, o que é diferente dos demais textos. Por fim, a linguagem entre as cartas é muito parecida e essas eu entendo que são do discípulo amado. Tanto o Evangelho como o Apocalipse, eu entendo que são escritos de pessoas diferentes, sendo o Evangelho um texto de um dos discípulos que acompanhou Jesus, mas não tem o nome revelado, e ele escreve para fazer como um testemunho de João, o Batista, a respeito de Jesus, seguindo com o texto mesmo depois da morte deste. E o Apocalipse, o autor é um João, mas acredito que seja outra pessoa, não o discípulo amado.
Mas, mais importante que definir os autores, é a observação do que a mensagem nos apresenta. Tem seu valor fazer essa discussão, mas pouco importa quem realmente escreveu: o que importa é a inspiração do Espírito Santo que permite que tais textos falem para além de seus dias, falando conosco igualmente!
No fim, o Apocalipse nada mais é do que uma grande epístola, uma grande carta. Como lemos no começo as 7 cartas escritas para 7 igrejas, temos a impressão de que essa seria a única parte dedicada para as igrejas. Mas no fim, essas 7 cartas são, em essência, dedicatórias e o texto completo do Apocalipse seria uma grande carta encaminhada para essas 7 igrejas. Essa é uma bela forma de interpretar esse texto!
Há uma interpretação que as cartas do Apocalipse são endereçadas para igrejas tanto históricas como comunidades que representam tempos da história da igreja. Dessa forma, a beleza da interpretação do Apocalipse como uma grande epístola endereçada para 7 Igrejas fica completa, pois se elas podem identificar períodos da História da Igreja, o texto é dedicado a qualquer pessoa que faz parte da Igreja do Senhor! A você e a mim, claro!
Que possamos ouvir o Espírito e deixar Ele agir em nós e através de nós. Não aceitando o pecado, de fato, mas auxiliando o pecador a deixar o caminho errado, se ele quiser e denunciando o erro, claro. E deixando o Senhor dentro de cada uma de nossas decisões e atitudes. Mais que isso: deixando Ele decidir e agir! Não agindo apenas por conhecer as coisas, mas por deixar o Senhor agir em nós e através de nós!
Seguimos na segunda-feira, permitindo o Senhor!
Forte abraço!
Em Cristo,
Ricardo, pastor

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